Mais um diploma, mais uma profissão...

Quando terminei a licenciatura, jurei que nunca mais iria estudar na vida. Estava farta de livros, de estudos, de investigações, da universidade em si... Mas, sendo eu como sou, a promessa foi sol de pouca dura. Se há defeito que tenho, está ligado ao facto de não conseguir estar parada, chamo-lhe eu uma hiperactividade saudável! Assim, passado pouco tempo, inscrevi-me na pós-graduação (já depois de ter terminado a formação de formadores que, diga-se de passagem, não me trouxe até ao momento vantagem nenhuma), ligada à área das crianças e jovens em risco sócio-educacional. Depois de a ter terminado, voltei a repetir as juras mas, passado um tempo de férias escolares, o meu pensamento já estava noutra, numa área mais relacionada com a justiça e a resolução de conflitos! Então, inscrevi-me num curso de Mediação e Meios Alternativos de Resolução de Conflitos que, por sinal, me custou os olhos da cara, mas que me proporcionou, até à data, os melhores momentos de formação da minha vida. Pessoas que realmente conhecem as questões, com "simples licenciaturas" tiradas em Harvard e não uns explêndidos doutoramentos em universidades portuguesas. O que é verdade é que estas pessoas transpiravam informação, conhecimentos e, acima de tudo, motivação. Motivação foi o que não me faltou para ir a caminho de Lisboa de 15 em 15 dias, até à Faculdade de Direito da Universidade Nova, mesmo ali em Campolide. E agora, passados alguns bons e longos meses, preparo-me para fazer a última viagem que me liga a este curso: a que me vai entregar o diploma. Por isso, a partir de amanhã, tenho mais uma profissão que, concerteza, me vai dar muito gozo a exercer. E espero que as mudanças iniciadas pelo nosso Governo não se fiquem por aqui, no que toca à possibilidade de cada um de nós recorrer à mediação (uma forma em que nós próprios decidimos e na qual optamos, porque afinal é à nossa vida a que diz respeito), ao invés de termos a nossa vida exposta em salas de Tribunal, ao vento, onde todas as paredes têm ouvidos e as janelas são a boca da comunicação social! Depois desta etapa segue-se uma também difícil: a implementação de uma área por explorar numa cidade pequena e retrógada como é a minha. Agora trata-se de marketing...