16.6.08

Os sete ofícios

Quem disse que um Assistente Social limita a sua intervenção unicamente a "ajudar os pobrezinhos", ´não podia ter pensado maior asneira! Porque, definitivamente, é a profissão dos 7 ofícios. Desde há algum tempo para cá que não tenho tempo, nem para coçar a micose (como diria uma recente amiga de Pinhel)!!! Desde as obrigatórias candidaturas a financiamentos do Fundo Social Europeu, às actividades aprovadas em planos anuais, até aos eventos mais recentes: as famosas sardinhadas da cidade de Portalegre, que a instituição onde trabalho organiza anualmente, há de tudo um pouco. E se para alguns pode ser simples a organização de uma sardinhada e a própria concepção, tirem o cavalinho da chuva aqueles que se tentam escapulir ao trabalho, porque estas "brincadeiras" levam-nos horas imensas de serviço e um esforço extremo, psicológico e físico. Já para não falar do facto de ter de aturar a má educação da malta que se irrita facilmente enquanto espera pelo assar das sardinhas e das maluqueiras levadas a cabo pelos sempre presentes alcoolizados! E como o trabalho não é muito (diga-se, segundo a perspectiva dos que mandam e, quem manda manda bem...), temos ainda o aniversário da instituição, com direito a um jantar de beneficência, daqueles que procuram o impensável: o equilíbrio financeiro das instituições de solidariedade social. Mas não será esta uma má altura para pedir às pessoas que ajudem alguém? Agora que a palavra crise parece provocar uma reacção alérgica nos indivíduos? Agora, como em todos os anos, que não há dinheiro para nada (a não ser as férias, óbvio... e os carros, ainda mais óbvio... e as casas, claro... e as roupas, que a malta não pode andar despida... enfim... desisto... Mas eu vou ao jantar, óbvio, que isto de organizar para os outros aproveitarem, já era!!!

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