24.11.09

Ontem foi a tua missa de 7º dia. Sabes como estou para a religião. Porque também sabes que cedo deixáste de acreditar. Mas comungando, ou não, dos ideais católicos, fiz questão de estar presente. Por coincidência, ou não, tinha vestida a mesma blusa que vesti à pressa quando, naquela madrugada de domingo a tua mãe nos ligou e ficou em silêncio, porque não havia palavras que pudessem explicar que tinhas partido. A missa foi horrível. Acreditas que nem na tua missa acertaram no teu nome? Só à terceira tentativa o Padre Américo deixou de dizer Morgado! Mas todo o tempo do ritual deu para pensar em ti! Pensar nas coisas boas que vivemos e nas que não poderemos continuar a viver! Eis que... nem vais acreditar! Começo a ver toda a gente a mexer nas malas e bolsos e perguntei ao meu pai o que estava a acontecer! Não é que a Igreja aproveita os momentos de dor e despedida revoltada, para recolher dinheiro das pessoas? Enfim... as coisas normais que nos levaram, tantas vezes, à revolta contra a Igreja Católica! Sabes como sou, que tenho o pavio muito curto! Muitas foram as vezes em que me ralháste por responder às pessoas por impulso e juro-te, foi por ti que não disparatei na missa contra tamanha falta de respeito e indiferença demonstradas pelos que lideravam o ritual!

Não sei onde estás, nem como estás! Mas espero que estejas... comigo!

1 comentário:

João Picado disse...

sabes bem que tenho uma veia optimista quase sem fim. por isso, acredito que, embora não saiba onde, está bem. e tenho a certeza absoluta que está contigo e, também, comigo e com todos os amigos. sinto isso... todos os dias!