1) O Eng.º José Sócrates teve, mais uma vez e claramente, o apoio da maioria dos portugueses;
2) Para os opositores, todos ganharam, menos quem realmente o conseguiu!
3) Não há possibilidade de coligações, porque nenhum outro partido de esquerda tem a massa crítica necessária para governar ou fazer parte do governo;
4) No distrito de Portalegre, aqueles que votaram no BE e CDU estão de parabéns por terem eleito o seu cabeça de lista: o sr. Cristóvão Crespo;
5) No distrito de Portalegre, os que julgavam que o seu voto em partidos mais esquerdistas que o PS era útil, acertaram mesmo. Foi útil para a eleição de um deputado de direita;
6) A maioria dos portugueses mostraram-se gratos ao governo e, acima de tudo, informados sobre as reais medidas de esquerda: as sociais, levadas a cabo pelo mesmo;
7) A reposição da justiça na acção social escolar, a gratuitidade de medicamentos genéricos para os idosos mais carenciados, o investimento nas respostas sociais de apoio à velhice, infância e deficiência, o complemento solidário para idosos; o subsídio social de desemprego, a inovação pelo simplex (casa na hora, empresa na hora, associação na hora - processos mais baratos do que antigamente), mereceram a aprovação da maioria dos portugueses;
8) A maioria dos portugueses percebeu que a questão do TGV e do aeroporto não eram como os detentores da verdade o defendiam. Os portugueses compreenderam que os fundos comunitários que chegam ao país e que se destinam à construção de infraestruturas e transportes, não podem ser desviados para outras áreas como a saúde ou a educação;
9) Quem critica o método eleitoral dos EUA, bem pode criticar o nosso. Ora vejamos os resultados (talvez provisórios) de Évora: PS 35,01 / PCP 32,22 / PPD 18,99. O distrito de Évora elege 3 deputados e esses 3 deputados foram distribuídos pelos 3 partidos acima referidos. Sim, estamos a ler bem, apesar de existir uma diferença de 16,02 % entre PS e PPD, ambos elegem o mesmo número de deputados. É justo? Não me parece!!!
10) A vitória do BE e do PCP está em derrotar a esquerda e dar poder à direita;
11) Por agora vou parar, mas não quero com isso dizer que se me lembrar de mais algum ponto de interesse não venha a complementar esta mensagem...
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1 comentário:
já tinha saudades de comentar por aqui. é certo que muitas das coisas que dizes eu tenho de subscrever. mas não me parece que quem tenha votado mais à esquerda do PS quisesse dar a vitória ou mais força à direita. é um paradoxo, não te parece? para além disso, há muitos socialistas que criticam esta colagem cada vez mais ao centro e com medidas mais aproximadas da direita do que do passado esquerdista do Partido Socialista.
muitas medidas de que falas são úteis e todos devemos elogiar tais iniciativas, mas não nos podemos deixar iludir por alguma demagogia própria (infelizmente) da política. os genéricos gratuitos para idosos com menos posses é uma medida para inglês ver como parte do programa das Novas Oportunidades não passa de cosmética para florear os relatórios da OCDE. enfim, para não me alongar, quero apenas dizer que o PS ganhou e ganhou bem, porque mesmo perdendo a maioria absoluta e mais de 25 deputados!!!, não deixa de se manter no poder, o que, num contexto tão difícil como é o actual não deixa de ser uma vitória. afinal, havia quem dissesse que nenhum professor, enfermeiro ou desempregado fosse votar PS. quem disse isso enganou-se, porque todos estes grupos representam, cada um, mais de meio milhão de potenciais eleitores. e nem todos ganharam. o PSD perdeu, a CDU também. CDS superou as expectativas enquanto BE cresceu muito mas não chegou aos valores das sondagens. ainda assim, nenhum destes ganhou, porque quem ganha é quem fica em primeiro.
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